quarta-feira, 3 de março de 2010

Alergias Alimentares: a medicina complementar como alternativa?

Alergias Alimentares: a medicina complementar como alternativa?

Dra. Solange Burri - Consultora em Alimentação
Projecto babySol® - Segurança Alimentar e Nutrição Infantil

Data:  Fevereiro, 2010

  Nos últimos anos, tem-se verificado, a emergente incidência de alergias, de variada ordem, nas populações. Adultos sem historial clínico alérgico evidenciam agora incompreensíveis e persistentes, casos de alergias que condicionam a sua qualidade de vida, não só pelos sintomas persistentes bem como pela toma de fármacos que oferecem desconfortáveis efeitos colaterais ao organismo.

  Contudo, lamentavelmente, as crianças, alvo susceptível de variadíssimas agressões ambientais e alimentares que o avanço da tecnologia impõe e a genética predispõe, são, por vezes, atacadas de modo exacerbado e cujo tratamento medicamentoso nem sempre é compatível com a faixa etária em que se insere. Esta situação é tanto mais grave, quanto mais jovem for a criança, razão pela qual, quando surgem alergias em Bebés, é excepcionalmente importante conhecer métodos alternativos, naturais, sem efeitos secundários para o pequeno ser e capazes de minimizar, ou até anular, a resistência alérgica infantil.

  Neste contexto, é possível citar, por exemplo, o elevado número de recém-nascidos que, apenas amamentados, evidenciam sintomas de alergias, em resultado de substâncias alergéneas que o leite da progenitora veicula e por vezes, de morosa percepção. Esta situação condicionará não só a restrita alimentação do Bebé como aumentará a ansiedade da mãe, que ainda que remova o alimento suspeito da sua alimentação, reconhece a responsabilidade extrema que a susceptibilidade alimentar do seu filho reporta.

  É pois, importante informar os progenitores, e outros encarregados de educação, para a existência, e eficácia, de métodos naturopatas, que existem à disposição do paciente infantil e capazes de anular os sintomas que as alergias alimentares exteriorizam.

  Que terapias complementares existem em Naturologia que possam ajudar as crianças, mesmo as de idade mais precoce, na luta das alergias alimentares?
  - Acupuntura
  - Massagem Sacrocraniana
  - Aqua-Bioenergética
  - Florais de Dr. Bach
  - Sais de Dr. Schüßler
  - Homeopatia

  Estas terapias deverão ser administradas por técnicos especializados, devidamente credenciados pela Câmara Nacional dos Naturologistas Especialistas das Terapias (CNNET), cujo custo varia de acordo com o tratamento a aplicar, e a duração do mesmo.

  As terapias apresentadas, naturais e de suave efeito, contribuem não só para minimizar o impacto das alergias alimentares mas também para fortalecer o imaturo sistema imunitário infantil.

  Qualquer um destes tratamentos não impede ou interfere com a medicina alopática/convencional caso o seu bebé esteja a ser seguido pelo médico de família ou pediatra. Contudo, saiba que a toma do alimento alergéneo deve ser controlada, pelo que deverá seguir estes cuidados se tem a seu cargo uma criança com susceptibilidades alimentares:

  • Elimine da dieta o alimento suspeito mas outros igualmente susceptíveis de despoletar alergias: soja, ovos, citrinos, frutos tropicais, morangos, etc.; Fique pois atenta aos rótulos alimentares onde estes ingredientes são discriminados;
  • Privilegie a amamentação durante o maior período de tempo;
  • A introdução de novos alimentos deve ser efectuada de forma gradual e sempre sujeita à autorização pediátrica;
  • Prefira alimentos de produção biológica, não só legumes e fruta, mas também carne e cereais.

Autor convidado: Victor Batista, Acupunctor-Naturologista, membro da CNNET n.º 99

Projecto babySol® - Segurança Alimentar e Nutrição Infantil
www.solangeburri.blogspot.com

sábado, 24 de outubro de 2009

Alergias e Intolerâncias Alimentares

Alergias e Intolerâncias Alimentares

Dra. Solange Burri - Consultora em Alimentação
Projecto babySol® - Segurança Alimentar e Nutrição Infantil


Data:  Setembro, 2009


  A alimentação infantil, sobretudo nas idades mais precoces, é sempre uma tarefa difícil. Mas quando a criança sofre de alergias ou qualquer outro tipo de intolerância alimentar, o processo torna-se, em simultâneo, complexo, extremamente desgastante e altamente responsável. A vida da criança pode estar em causa, em cada produto, em cada colher, e nas quantidades mais baixas, pois há riscos. Sérios riscos.

  Ainda a agravar a este facto surge a escassa oferta em Portugal para indivíduos com alergias: faltam ideias e produtos também. E preços acessíveis que permitam suportar o orçamento doméstico e tornar exequível a alimentação especial. O resultado não poderia ser pior: uma alimentação monótona e pouco prática que cansa a criança e a impede de um crescente desenvolvimento palativo, mas também que a pressiona por factores psicossociais como a ansiedade da família e a difícil integração na sociedade, aspectos que se enraizam a médio prazo e desgastam sobretudo o convívio social. Portanto, os critérios alimentares extinguem-se muito antes de seres implementados e são necessárias medidas que apoiem esta Alimentação...urgentemente!

  Há 3 aspectos fundamentais, logo à partida, a ter em consideração quando se pretende avaliar o modo como as crianças alérgicas devem ser apoiadas:

  - O tipo de inadaptabilidade alimentar: alergia ou intolerância? E este aspecto é vital pois as alergias são extremamente meticulosas e cuja hipersensibilidade pode ser na ordem de pequeníssimas quantidades de alimento. A intolerância é mais permeável e não exige um controlo tão rigoroso na análise do rótulo alimentar. Portanto, cuidado na adopção de conselhos de amigos, e familiares, pois nem sempre se enquadram no quadro clínico que a sua criança apresenta;

  - Outro aspecto fatídico, é o alimento alvo que oferece perigo à criança, sabendo-se também que uma criança susceptível a determinado alimento poderá ser, na maior parte dos casos, vulnerável a outros alimentos com carácter alérgeno (ex. soja, ovo, peixe, amendoim...). Este aspecto adquire uma dimensão básica quando nos apercebemos que alguns destes ingredientes, ainda que em pequenas quantidades, são utilizados como adjuvantes tecnológicos apenas para melhorar a textura de produtos alimentares processados. O resultado: aumento da restrição dos alimentos a introduzir na dieta infantil...

  - Por último, e de pertinência acentuada, é a idade da criança, sobretudo porque é preciso respeitar (também!) as suas exigentes especificidades nutricionais face a todas as limitações impostas pelo médico e ... que o mercado disponibiliza!

  Portanto, retratado estes cruciais aspectos é pois altura de esquematizar o que, efectivamente, é possível fazer:

  Alergias alimentares

  Leite de vaca
  Se representa o alimento a evitar, e estando o bebé já desmamado, substitua-o por leites de origem vegetal: de soja, de aveia, de amêndoa. Saiba contudo que a soja é também um alimento alérgeno e inadequado para crianças com idade inferior a 12 meses, pela sua difícil digestibilidade e interacção com o sistema hormonal. Além disso não deve ser dado de forma contínua, razões pelas quais o consumo infantil deste alimento, nas suas diferentes formas de apresentação, deve ser bem avaliado. É pois importante que adquira papas sem leite na sua composição e as prepare com estes leites, de origem vegetal. Deve igualmente ter em atenção a proibição de iogurtes, bolachas e pão, que contenham leite, ou vestígios deste (soro, manteiga) na sua constituição. Existe alguma variedade de bolachas biológicas que pode adquirir e de pão também. Os iogurtes, no geral, estão todos desaconselhados pelo que considero interessante o consumo de kefir, elaborado a partir de um leite vegetal.... A única gordura permitida para cozinhar é o azeite, excepcional pelas suas propriedades nutricionais.

  A alimentação infantil, neste caso, fica sufocadamente restrita. A resolução passa, sobretudo, pela adopção de uma dieta o mais natural possível, à base de fruta, cereais e outras fontes de proteína animal, como a carne e o ovo, de acordo com as recomendações do pediatra ou alergologista... Por outro lado, é necessário impedir, a todo o custo, a privação da ingestão de cálcio, exigente nas idades mais precoces e comum em crianças com alergia à Proteína do Leite de Vaca (PLV). É pois importante complementar a alimentação com legumes verdes como os bróculos, espinafres e agriões, também ricos neste mineral.

  Ovo
  Existente em grande parte nos alimentos processados, é mais fácil de o detectar, e evitar. A má notícia é que este tipo de alergia, na maior parte dos casos, veio para ficar...ao contrário das restantes. De evitar sobretudo os alimentos processados, como por exemplo bolachas, croissants e outros alimentos processados! Nas Festas, forneça uma simpática lista dos alimentos a evitar a quem convidar a criança... Afinal numa idade mais avançada a criança está sensibilizada, e deve, integrar-se socialmente. É importante.

  Intolerâncias alimentares

  Lactose
 Presente nos produtos lácteos, de facto a fermentação anula o seu efeito, já que as bactérias fermentativas transformam este açúcar natural em ácido láctico, aceite pelo organismo da pessoa intolerante. Mas, na verdade, este facto não pode ser assumido como efectivo pois pode acontecer o seguinte: a) os industriais interrompem a fermentação, antes de terminar, garantindo assim menor acidez no iogurte mas permitindo vestígios residuais de lactose; b) para tornar os iogurtes mais doces, de uma forma mascaradamente saudável, adicionam lactose como substituinte do açúcar convencional. Deste modo, é pois inseguro recorrer aos iogurtes à base de leite de vaca, devendo ser substituídos pelos análogos à base de soja, mas alternando sempre, com outros alimentos como a fruta. Favoravelmente, poderá recorrer aos leites comerciais 0% lactose que, apesar de dispendiosos, são alternativas interessantes com que poderá cozinhar também.

  Glúten
  Este ingrediente, dentro das intolerâncias alimentares, e portanto de menor impacto, representa contudo um verdadeiro obstáculo. Mais uma vez, e tal como o leite de vaca e o ovo, porque representa um alimento que contribui para ajustar a textura de imensos alimentos processados. De evitar, a todo o custo, o trigo, o centeio e na dúvida, a aveia. Recorra unicamente aos alimentos que contenham milho na sua composição. E claro está, mais uma vez, cuidado com as bolachas e o pão. Será favorável considerar a possibilidade de fazer em casa, pão e bolachas, a partir de farinhas próprias. Alguns produtos rotulados sem glúten oferecem pouca confiança pois a substituição tecnológica deste componente veicula outros ingredientes, sobretudo aditivos, pouco interessantes e também de efeito negativo no organismo infantil. A boa notícia é que este tipo de intolerância desaparece nos primeiros anos de vida, na maior parte dos casos...

  Por último, considera-se fundamental evitar transmitir à criança alérgica situações, ainda que justificadas, de ansiedade. Se possível, a família deve interiorizar a necessidade de todo o seio familiar, sobretudo quando a criança já está mais crescida, deve também evitar os alimentos processados proibidos na sua alimentação para evitar um maior constrangimento infantil.

  BabySol® informa que, estas recomendações têm apenas carácter informativo não substituindo nunca as visita periódicas ao pediatra que, em todos os casos - alergias/intolerâncias ou não - são extremamente importantes.

Projecto babySol® - Segurança Alimentar e Nutrição Infantil
www.solangeburri.blogspot.com

http://www.portaldacrianca.com.pt/artigosa.php?id=90

terça-feira, 28 de abril de 2009

Primeira reunião de trabalho para constituição da Associação

Caríssimos/as,

Como é do Vosso conhecimento, no final de Janeiro deste ano, o Colectivo Multimédia Perve, Associação sem fins lucrativos fundada em 1997, em parceria com a Perve Galeria, realizou um Leilão Solidário com o propósito de angariar verbas que permitissem a constituição da A.N.A.D.A.D.A. - Associação Nacional de Apoio a Doentes Alérgicos com Dermatite Atópica e Suas Famílias. A esse respeito, há a dizer que pretendemos dar início ao processo que visa formalizar sob a forma de estatutos a referida Associação.

Nesse sentido, considera-se oportuno estabelecer-se a programação de um pequeno ciclo de encontros para discussão dos pressupostos e objectivos que tal Associação deve ter, pelo que, em conformidade, vimos estabelecer a data para a 1ª reunião a acontecer nas instalações da Perve Galeria, Sábado, dia 9 de Maio, pelas 16h30.

O presente e-mail é, pois, um apelo para participação na reflexão conjunta que pretendemos realizar, sugerindo que nos enviem de forma tão desenvolvida quanto possível os tópicos que considerem de conveniente discussão neste contexto inicial, o que não exclui a possibilidade de se abordarem aspectos diversos no momento mas antes visa criar uma plataforma prévia para discussão.

Não obstante outros elementos que possam vir a ser considerados na sequência dos dados a apresentar por vós, propomos que nessa mesma reunião seja discutida e estruturada a forma de tornar pública esta causa seja junto da sociedade em geral seja junto das entidades competente na área da saúde, da segurança alimentar, da assistência social, etc.

Consideramos ainda importante abordar temas especificamente ligados à orgânica da associação nomeadamente ao nível de:

Estatutos; Objectivos; Práticas; Sustentabilidade e Auto-financiamento; Estruturas; Parcerias; Apoios a Angariar; Pessoas a convidar, etc.

Agradecemos desde já o empenho de cada um e aproveitamos para solicitar que nos enviem contactos de pessoas que possam ter interesse em participar nesta Associação.

Com os nossos melhores cumprimentos,

P'lo Colectivo Multimédia Perve

Carlos Cabral Nunes | Pres. Dir.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Hambúrguer de Soja


Hambúrguer de Soja


Esta receita permite fazer croquetes, almôndegas e hambúrguer de soja o que permite variar alem do que a soja rende muito é por isso bom quando há muita gente a jantar.

Preparado de soja:
1 pacote de granulado de soja
1 cebola picada
3 dentes de alho picado
meia lata de tomate pelado cortado
salsa
sal
pimenta
molho de soja
farinha
1 ovo

Numa Tigela deita-se o granulado de soja e cobre-se com água e deixa-se inchar ( se qusierem fica mais gostoso se a água tiver um caldo de carne dissolvido) depois escorram oexcedente de água ( normalmente não há) e juntem os restantes ingredientes excepto a farinha e misturem.
no fim juntem um pouco de farinha e o ovo para ligar a massa.

a partir daqui fica ao vosso critério: almôndegas, croquetes é só enrolar normalmente.
Quanto aos hambúrguers também se fazem normalmente mas se quiserem passem-nos por pão ralado e fritem-nos , sirvam depois com legumes.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Alergia e intolerância alimentar

Alergia e intolerância alimentar
Uma alergia alimentar é uma reacção alérgica a um alimento em particular. Uma doença muito mais comum, a intolerância alimentar, não é uma reacção alérgica, porém constitui um efeito indesejável causado pela ingestão de um determinado alimento.

São muitas as pessoas que não podem tolerar certos alimentos, por motivos vários que não são a alergia: podem, por exemplo, não possuir o enzima necessário para os digerir. Se o sistema digestivo não puder tolerar certos alimentos, o resultado pode ser uma perturbação gastrointestinal, gases, náuseas, diarreia ou outros problemas. Em geral as reacções alérgicas não são responsáveis por este conjunto de sintomas. Existem várias pretensões controversas acerca da «alergia alimentar», nas quais se culpa certos alimentos por problemas que vão desde a hiperactividade infantil à fadiga crónica. Outras opiniões pouco fundadas atribuem à alergia alimentar a culpa pela artrite, pelo baixo rendimento desportivo, pela depressão e outros problemas.

Sintomas

Um problema comum, que pode ser uma manifestação de alergia alimentar, começa na infância e surge habitualmente quando na família existem casos de doenças atópicas (como a rinite alérgica ou a asma alérgica). O primeiro indício de predisposição alérgica pode ser uma erupção cutânea como o eczema (dermatite atópica). A referida erupção pode ser ou não acompanhada por sintomas gastrointestinais, como náuseas, vómitos e diarreia, e pode ou não ser causada por uma alergia alimentar. Quando a criança completa o seu primeiro ano de vida, o eczema já quase não é problema. As crianças com alergias a certos alimentos provavelmente contrairão outras doenças atópicas à medida que crescem, como a asma alérgica e a rinite alérgica estacional. Contudo, nos adultos e crianças com mais de 10 anos é muito pouco provável que os alimentos sejam responsáveis pelos sintomas respiratórios, apesar das provas cutâneas (da pele) serem positivas.

Algumas pessoas sofrem reacções alérgicas muito graves, face a potentes alergénios específicos dos alimentos, em especial as nozes, os legumes, os mariscos e as sementes. Os indivíduos alérgicos a esses alimentos podem reagir violentamente ao comer uma quantidade mínima da substância em questão. Pode ficar coberto de uma erupção em todo o corpo, sentir a sua garganta a inflamar-se até se fechar e ter dificuldades respiratórias. Uma queda repentina da tensão arterial pode causar enjoos e um colapso. Esta emergência, potencialmente mortal, recebe o nome de anafilaxia. (Ver secção 16, capítulo 169) Algumas pessoas só sofrem de anafilaxia quando efectuam exercícios físicos imediatamente depois de comer o alimento a que são alérgicas. (Ver secção 16, capítulo 169)

Os aditivos alimentares podem provocar sintomas como resultado de uma alergia ou de uma intolerância. Alguns alimentos contêm toxinas ou substâncias químicas (por exemplo, histamina) que são responsáveis por reacções adversas não alérgicas. Compostos como o glutamato monossódico (GMS) não causam alergias. Os sulfitos (por exemplo, o metabissulfito, presente em muitos produtos alimentares como conservante) e os corantes (por exemplo a tartrazina, um corante amarelo que é usado nos caramelos, nas bebidas não alcoólicas e em muitas comidas preparadas comercialmente) provocam asma e urticária nas pessoas sensíveis a estas substâncias. Outras sofrem enxaquecas após comer certos alimentos.

As alergias e as intolerâncias alimentares costumam ser bastante óbvias, apesar de nem sempre ser fácil distinguir uma verdadeira alergia de uma intolerância. Nos adultos, a digestão aparentemente evita as respostas alérgicas face a muitos alergénios ingeridos oralmente. Um exemplo é a asma dos padeiros, na qual os trabalhadores das padarias começam a asfixiar quando respiram o pó da farinha ou outros grãos, apesar de poderem comê-lo sem sofrer nenhuma reacção alérgica.

Diagnóstico

Os testes cutâneos permitem, em alguns casos, diagnosticar uma alergia alimentar; um resultado positivo não significa necessariamente que um indivíduo seja alérgico a um alimento em particular, porém um resultado negativo assinala que é improvável que seja sensível ao referido alimento. Depois de um resultado positivo num teste cutâneo, o alergologista pode necessitar de fazer uma prova oral para chegar ao diagnóstico definitivo. Numa prova de provocação oral, o alimento suspeito é escondido noutra substância, como o leite ou a compota de maçã, e o paciente ingere-a. Se não surgirem sintomas, a pessoa não é alérgica àquele alimento. Os melhores testes são as provas «cegas», ou seja, o alimento em questão está efectivamente misturado com outra substância, mas por vezes não está. Desta forma o médico pode determinar com certeza se o doente apresenta alergia a esse alimento em especial.

Uma dieta de eliminação pode ajudar a identificar a causa de uma alergia. A pessoa deixa de ingerir os alimentos que presumivelmente estão a provocar os sintomas. Mais tarde começam a introduzir-se na dieta um a um. O médico pode sugerir a dieta com a qual se deverá começar, que terá de ser rigidamente cumprida e só deverá conter produtos puros. Não é fácil seguir essa dieta, porque muitos produtos alimentares estão escondidos, fazendo parte, como ingredientes, de outros alimentos. Por exemplo, o pão de centeio comum contém um pouco de farinha de trigo. Não se podem consumir mais alimentos nem bebidas do que os especificados na dieta inicial. Não é aconselhável comer em restaurantes, pois a pessoa (e o médico) deve conhecer cada ingrediente de todos os pratos que comer.

Tratamento

Não existe outro tratamento específico para as alergias alimentares senão deixar de ingerir os alimentos que as desencadeiam. Os indivíduos gravemente alérgicos que sofrem erupções, edema (urticária) dos lábios e da garganta e que podem mesmo não conseguir respirar, devem tomar a precaução de evitar os alimentos que os afectam.

A dessensibilização, que se pratica comendo pequenas quantidades de um alimento ou colocando gotas de extracto de alimentos debaixo da língua, não tem dado bons resultados. Os anti-histamínicos revelam-se pouco práticos como terapia de prevenção, mas podem ser benéficos em reacções gerais agudas com urticária e na urticária gigante (angioedema).

http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D195%26cn%3D1683




Alimentos que com mais frequência causam alergia

Leite
Ovos
Marisco
Nozes
Trigo
Amendoins
Soja
Chocolate